A Paraíba encerrou o mês de março de 2025 com saldo negativo de 916 postos de trabalho com carteira assinada. O número é resultado de 19.523 admissões contra 20.442 demissões, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na última quinta-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Apesar do desempenho negativo no estado como um todo, três dos cinco grandes setores da economia apresentaram saldo positivo. O destaque foi o setor da Construção, que criou 378 vagas formais. O Comércio e o setor de Serviços também fecharam o mês no azul, com 426 e 268 novos postos, respectivamente. Por outro lado, a Agropecuária e a Indústria registraram as maiores quedas, com recuo de 716 e 1.272 vagas.

Desempenho nos principais municípios

Entre os oito maiores municípios da Paraíba, João Pessoa liderou a geração de empregos, com um saldo positivo de 437 vagas. O setor da Construção impulsionou esse resultado, criando 398 novos postos. A capital também apresentou crescimento na Indústria (68), no Comércio (69), nos Serviços (68) e na Agropecuária (6).

Campina Grande veio na sequência, com saldo positivo de 233 empregos. O setor de Serviços foi o principal responsável (141), seguido pela Indústria (48) e Comércio (52). Patos aparece logo depois, com saldo de 139 postos de trabalho, também impulsionado pelos setores de Serviços (35) e Comércio (26).

Guarabira registrou saldo positivo de 48 vagas, enquanto Bayeux encerrou março com 29 novos postos. Sousa também terminou o mês no azul, com saldo de 35 empregos.

Por outro lado, Santa Rita apresentou o pior desempenho entre os municípios analisados, com saldo negativo de 190 vagas. O recuo foi puxado, principalmente, pela Indústria (-143) e pela Agropecuária (-73). Cajazeiras também fechou o mês no vermelho, com a perda de 3 postos de trabalho, resultado de queda expressiva na Construção (-60), embora compensada parcialmente pelos setores de Serviços (20) e Indústria (25).

Panorama estadual

Os dados mostram que, apesar de algumas cidades apresentarem desempenho robusto na criação de empregos, a retração em setores como a Indústria e a Agropecuária pesou no resultado final do Estado. Especialistas apontam que a sazonalidade e fatores macroeconômicos podem ter influenciado as demissões nestes setores.