Uma grave denúncia protocolada na última segunda-feira (31/03) junto ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) aponta que a gestão do ex-prefeito de São José da Lagoa Tapada, Cláudio Antônio Marques de Sousa, conhecido como "Coloral", teria desviado mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos. A denúncia foi feita pela atual administração do município, sob o comando do prefeito Evilásio Formiga Lucena Neto, e expõe um esquema de possíveis irregularidades financeiras cometidas durante o exercício de 2024.
De acordo com o documento apresentado ao TCE-PB, a nova gestão iniciou uma auditoria interna em janeiro de 2025 e encontrou indícios de diversas irregularidades praticadas pelo ex-prefeito e pelo então secretário de Finanças, Julierme Lino de Sousa. Entre os crimes apontados estão peculato, falsificação de documentos públicos e improbidade administrativa.
Ao perceber que a auditoria poderia revelar um esquema ilícito, Coloral teria se antecipado e denunciado seu próprio secretário de Finanças à Polícia Civil de Sousa-PB, alegando desvio de R$ 1,3 milhão das contas municipais do FUNDEB e FOPAG. No entanto, a denúncia da nova administração questiona essa versão, uma vez que a movimentação bancária das contas públicas exige a ciência e a anuência do prefeito.
Além disso, Julierme Lino de Sousa confessou publicamente a prática dos delitos, fortalecendo as suspeitas de participação do ex-prefeito no esquema. Segundo os dados levantados pela auditoria interna contratada pela prefeitura, o rombo nos cofres municipais pode chegar a R$ 8.090.684,92.
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MINISTÉRIO PÚBLICO JÁ FOI ACIONADO
A denúncia formal já foi encaminhada ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual para que sejam conduzidas as investigações e adotadas as medidas cabíveis. O atual prefeito Evilásio Formiga enfatizou a necessidade de punição dos responsáveis e da recuperação dos valores desviados, que pertencem ao povo de São José da Lagoa Tapada.
A situação gerou indignação entre os moradores do município, que agora aguardam respostas das autoridades e a devida responsabilização dos envolvidos. O TCE-PB deverá analisar as provas apresentadas e poderá determinar sanções e penalidades caso as irregularidades sejam confirmadas.
Este caso chama a atenção para os desafios enfrentados por pequenos municípios brasileiros na gestão dos recursos públicos e reforça a importância da fiscalização rigorosa para evitar a dilapidação do patrimônio da população.
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