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Alertas de desmatamento na Amazônia batem recorde em outubro, aponta Inpe

Área de alertas detectada pelo Deter no mês foi de 877 km², alta de 5% em relação a 2020 e recorde da série histórica. Na COP26, que acontece em Glasgow, na Escócia, o Brasil ignorou os recordes de devastação e prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2028.

Por: Redação Fonte: G1
12/11/2021 às 10h03
Alertas de desmatamento na Amazônia batem recorde em outubro, aponta Inpe
Autoridades do Pará fiscalizam área desmatada na Amazônia em Pacajá, a 620 km de Belém, em 22 de setembro de 2021. — Foto: Evaristo Sá/AFP

A Amazônia Legal teve uma área de 877 km² sob alerta de desmatamento, uma alta de 5% em relação a 2020 e recorde da série história. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (12).

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.

Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) – tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (por exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).

Na COP26, que acontece em Glasgow, na Escócia, o Brasil tem ignorado os recordes de devastação e prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2028 (veja detalhes da promessa do Brasil na COP mais abaixo).

Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, os dados mostram que o governo brasileiro não tem a menor intenção de cumprir os compromissos assinados na COP26. “As emissões acontecem no chão da floresta, não nas plenárias de Glasgow”.

"Em Glasgow, o governo montou um enorme espaço para vender a ilusão de que tem compromisso ambiental. Mas para o mundo, o que interessa não são os metros quadrados do stand brasileiro , e sim os quilômetros de floresta que são destruídas todos os dias", diz Astrini.

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